top of page

A análise dos sonhos na psicoterapia junguiana

  • Foto do escritor: Lo Gabriela Dias
    Lo Gabriela Dias
  • 16 de jun.
  • 2 min de leitura
Pintura simbólica de um pântano, com árvores, flores e um sapo com asas de borboleta.
Wiosna (Primavera), obra de Michalina Janoszanka.

Uma ferramenta terapêutica importante que utilizamos na abordagem junguiana é a análise dos sonhos. Carl Jung, fundador da psicologia analítica, pensava os sonhos como manifestações espontâneas da psique, demonstrando suas dinâmicas e fluxos por meio de suas imagens. Os sonhos nos permitem observar os movimentos do inconsciente em suas múltiplas e enigmáticas formas. Sua análise é capaz de complementar a nossa perspectiva egóica e consciente, pois o sonho mostra o outro lado do nosso ponto de vista rotineiro, diurno.


Gosto de pensar no sonho quase como um Raio X da psique: uma série de imagens que representam o que está em curso no mundo interior. Elas funcionam como uma via para nos relacionarmos com aquilo que está sendo mobilizado em nós, mas que ainda não entendemos por completo. Neles, vemos todas as instâncias da psique, desde conteúdos de nossa história pessoal até material do inconsciente coletivo, terra mítica em que somos visitados por seres e forças diversas. 


Nessa abordagem teórica, não somos nós que trabalhamos o sonho, mas sim o sonho que nos trabalha. Isso quer dizer que, quando entramos no universo onírico, buscamos, na terapia, não decifrá-lo, mas sim nos relacionarmos com as imagens que aparecem e com o modo como elas reverberam em nós. Somos guiados pelos sonhos a lugares muitas vezes inesperados, que não só tocam em lugares íntimos, mas também nos informam sobre o que está em curso em nossas vidas.

Paisagem mostrando representações de dinossauros próximos de algumas pessoas, com palácios de cristal ao fundo.
Crystal Palace Dinosaurs, de George Baxter.

Na psicoterapia junguiana, sempre é recomendado que o paciente preste atenção em seus sonhos e os traga para as sessões, pois eles enriquecem muito o processo terapêutico. Isso normalmente envolve algum esforço ou prática para que possamos nos lembrar deles. Lembrar dos sonhos é como um músculo: algo que vai ficando mais fácil e automático conforme vamos praticando. 


Algumas dicas para lembrar dos sonhos são:

  • Fazer um registro do sonho, seja anotando em um caderno ou digitalmente, ou se gravando contando o sonho em voz alta. 

  • Contar o sonho para alguém também ajuda muito, seja para a terapeuta, um amigo ou para um(a/e) companheiro(a/e).


É importante frisar que é sempre melhor fazermos esse registro quanto mais “fresco” o sonho estiver. Em outras palavras, o “padrão ouro” é fazê-lo logo depois de acordar. Porém, nas rotinas corridas em que vivemos isso nem sempre é possível — e tá tudo bem. O que for possível é sempre bem-vindo, pois, como mencionei, trata-se de uma prática antes de qualquer coisa.


Pintura mostrando animais fantásticos em uma paisagem verde. Se destacam felinos grandes lutando contra cobras e dragões.
Quatro Partes do Mundo, de Ferdinand Van Kessel.

Inclusive, sonhos curtos — até mesmo aqueles em que só é possível lembrar de uma imagem difusa, ou de uma sensação ou sentimento —  são também muito bem-vindos. Toda manifestação onírica é válida e pode ser aproveitada nos atendimentos, mesmo se ela parecer superficial ou vaga demais. Isso é especialmente relevante se você estiver recém começando a tentar lembrar dos sonhos, pois é o início de uma prática, e é comum iniciar sem conseguir lembrar de muitos detalhes ou de sequências de cenas complexas. 



Você tem interesse em olhar mais para os seus sonhos? Entre em contato e marque uma sessão!


whatsapp
Logo no formato de um casulo.

Psicóloga Lo Gabriela de F. Dias

(51) 99964-3588

© 2025 Lo Gabriela Dias

CRP 05/81235

Consultório: Espaço Quara

Rua Paulino Fernandes 14

Botafogo, Rio de Janeiro, RJ

bottom of page